terça-feira, 17 de novembro de 2009

É demais

Entre orkut, facebook, twitter, skype e email, eu já estou em overdose de liberdade de expressão... Será que o blog vai sobreviver?

Coisas de mãe (a minha)

Desde sábado que ela me avisa: "temos consulta no dentista terça-feira, hein? Uma às 15:30 e a outra às 16:00". Hoje, ao chegar do trabalho, disse que ia dar uma descansada antes de ir e me pediu que avisasse quando fossem 14:30. Avisei e fui me arrumar. Saio do quarto de bolsa na mão e ela me olha assustada "que horas já são?!", "ué, são quase 15!". Ela foi se arrumar e, finalmente, saímos.

Chegando ao consultório, ela - achando estranho a sala de espera estar tão cheia - me pergunta "entramos no lugar certo?", "sim, entramos". E depois, quase que como premonição, complementei "a pergunta é viemos no dia certo?". A secretária pergunta nossos nomes, olha na agenda, procura, procura, procura... Nada. Daqui a pouco vem a auxiliar e diz "Dra., eu acho que a senhora se enganou... Eu telefonei pra confirmar as consultas na terça-feira... que vem!".

É por essas e (muitas) outras que eu digo que ela tem sérios problemas de audição seletiva... E pior: ela não acredita!

Voltando...

Opa, dá licença? Posso chegar? Perdoem-me, aranhas queridas, mas vocês agora têm de ir embora. Andem, xô! Vou retomar meu espaço, fazer uma faxina e tentar retomar a rotina de escrever, pelo menos de vez em quando.

Esses últimos dias estive lendo blogs queridos de pessoas queridas - eu às vezes faço isso, leio o blog inteirinho, desde a primeira postagem até a mais recente - e me deu uma saudade disso aqui. Vamos ver quanto tempo dura...

sábado, 4 de julho de 2009

Cinema

Subi na balança e ela respondeu "atenção! Uma pessoa de cada vez!". E eu soube que era hora de começar meu projeto. Voltando do trabalho, eu disse, fizesse chuva ou sol, eu começaria a caminhar. Não choveu. E lá fui eu, de tênis novos e sem ipod: queria estar concentrada, pensar na vida, olhar pro tempo, ouvir o burburinho e o falatório ao meu redor.

Fui andando ao longo do rio. Quinze minutos depois, atravessei uma das últimas pontes e vi um palco, me aproximei. Era a orquestra sinfônica da cidade ensaiando para um festival que começaria naquela noite. Parei para assistir. Alguns segundos depois, surgiram dois bailarinos e começaram a ensaiar seu pas-de-deux. Hipnotizada, esqueci o esporte e a balança. Quando eles terminaram, eu decidi que era hora de seguir em frente.

Já ia longe quando o vozeirão de um tenor ecoou e encheu meus ouvidos e as ruas e essa cidade cheia de histórias com uma melodia linda. O sol começou a se pôr ao longe, se escondendo atrás das colinas que cercam minha cidade. E eu pensando que essas coisas só acontecem em filme...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Saudade já...

Foi estranho estar ali sem ti. Desde que eu cheguei, você era a constante, a pessoa que sempre esteve - literalmente - ao alcance do olhar. Era pra quem eu me virava quando acontecia alguma coisa boa, quando eu queria desabafar uma frustração e quando eu precisava de uma pausa, fosse um café ou uma piadinha infame.

É engraçado mas, mesmo sabendo que você agora está a quilômetros de distância, eu fiquei esperando que você entrasse quinze ou vinte minutos depois de mim - sempre funcionando na "hora latina", apesar de ser do lado de lá do Equador - com um sorriso no rosto, um bom dia cantado e uma história engraçada pra contar. Parecia que faltava alguma coisa: uma alegria, uma tentativa de falar português, um apelido novo inventado diariamente pra mim...

Tua partida significou não só a quebra do nosso contato diário, mas me fez reviver todas as outras pelas quais eu já passei... As pessoas que eu deixei pra trás ou a quem eu vi partir. Por causa dessa vida que a gente escolheu, eu já deveria estar acostumada (se você lesse isso, tenho certeza de que eu levaria uma bronca, daquelas que só você sabe dar) mas não estou... E se eu tinha alguma dúvida, não tenho mais: odeio despedidas, detesto as promessas de continuar em contato que sempre vêm com elas e os planos de mil viagens que nunca se concretizam.

Mas mesmo que essa história acabe aqui, eu queria te dizer que você faz parte da minha história, que sempre vai ter um lugar no meu coração e que eu nunca vou te esquecer. Uma vez você me disse que aprende muito comigo; mal sabe você o quando me ensinou... Tua doçura e tua capacidade de sempre se surpreender me encantam e me fazem eternamente tua fã; mas o que mais me marca em ti é a maneira leve de ser sem ser irresponsável, de praticar o carpe diem sem deixar de planejar o futuro. E quem aprendeu tanto nesses curtos três meses fui eu.

Hvala. Ja te volim. Be good.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Raios.

Escorregão no banheiro. Joelho fora do lugar. Atraso para o trabalho. Um dia inteiro mancando.
Ipod descarregado. Um dia de trabalho com muito barulho ambiente.
Ipod carregado. E esquecido em casa.
Tram errado. Atraso no trabalho.
Rejeição pela universidade. Perda de rumo.

Esse tal inferno astral acaba quando mesmo?!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Ahn?

Nos últimos três meses, três personagens da minha infância tiveram mudanças radicais em suas vidas, que eu acompanhei de - mais ou menos - perto: um casou, o outro casou e a outra teve filho.

As brincadeiras na família começaram a soar mais e mais como cobrança, os amigos brincaram com meu status imutável e tudo isso me deixou pensativa, vendo o quão longe da minha realidade tudo isso está...

Talvez por não estar nem perto de realizar essas coisas, talvez por ter escolhido uma profissão diferente, talvez por sempre me sentir menos adulta que eles (mesmo um deles sendo mais novo que eu)... Sei lá o porquê, só sei que a pergunta que ecoa é "quando foi que o tempo passou e eu não vi?!"

Parem o mundo, eu quero descer.