segunda-feira, 29 de junho de 2009

Saudade já...

Foi estranho estar ali sem ti. Desde que eu cheguei, você era a constante, a pessoa que sempre esteve - literalmente - ao alcance do olhar. Era pra quem eu me virava quando acontecia alguma coisa boa, quando eu queria desabafar uma frustração e quando eu precisava de uma pausa, fosse um café ou uma piadinha infame.

É engraçado mas, mesmo sabendo que você agora está a quilômetros de distância, eu fiquei esperando que você entrasse quinze ou vinte minutos depois de mim - sempre funcionando na "hora latina", apesar de ser do lado de lá do Equador - com um sorriso no rosto, um bom dia cantado e uma história engraçada pra contar. Parecia que faltava alguma coisa: uma alegria, uma tentativa de falar português, um apelido novo inventado diariamente pra mim...

Tua partida significou não só a quebra do nosso contato diário, mas me fez reviver todas as outras pelas quais eu já passei... As pessoas que eu deixei pra trás ou a quem eu vi partir. Por causa dessa vida que a gente escolheu, eu já deveria estar acostumada (se você lesse isso, tenho certeza de que eu levaria uma bronca, daquelas que só você sabe dar) mas não estou... E se eu tinha alguma dúvida, não tenho mais: odeio despedidas, detesto as promessas de continuar em contato que sempre vêm com elas e os planos de mil viagens que nunca se concretizam.

Mas mesmo que essa história acabe aqui, eu queria te dizer que você faz parte da minha história, que sempre vai ter um lugar no meu coração e que eu nunca vou te esquecer. Uma vez você me disse que aprende muito comigo; mal sabe você o quando me ensinou... Tua doçura e tua capacidade de sempre se surpreender me encantam e me fazem eternamente tua fã; mas o que mais me marca em ti é a maneira leve de ser sem ser irresponsável, de praticar o carpe diem sem deixar de planejar o futuro. E quem aprendeu tanto nesses curtos três meses fui eu.

Hvala. Ja te volim. Be good.